quinta-feira, 6 de junho de 2013

Na postagem anterior, comentei sobre alguns alimentos benéficos para a nossa saúde. Como achei um pouco vago, farei uma série de postagens a cerca desses alimentos. 
o primeiro da lista será sobre os inúmeros  benefícios do vinho, uma bebida milenar, que é apreciada em todo mundo.

primeiramente um aviso:
Por ser uma bebida alcoólica, o vinho, mesmo em pequenas quantidades, não é indicado para pessoas que sofrem de doenças hepática alcoólica, cirrose hepática, triglicérides aumentado, pancreatite, úlcera, insuficiência cardíaca e arritmia cardíaca. Nesses casos, opte pelo suco de uva sem conservantes.

Raramente encontramos alguém que não aprecie um bom vinho. devido ao bateamento do modo de produção e da ascensão do mercado sul americano, essa bebida se popularizou nas ultimas décadas de tal forma que podemos encontrar nas pratilheiras dos supermercados uma carta de vinhos para os mais diferentes  gostos e bolsos.

o grande segredodas  propriedades benéficas da bebida se deve à fruta da qual é feita: a uva. Em sua casca está concentrada uma grande quantidade de resveratrol, polifenol com relevante efeito antiinflamatório. Na polpa há minerais importantes para a saúde, além de demais compostos antioxidantes.

Combate ao câncer
O vinho é um verdadeiro escudo contra tumores. Rico em um antioxidante chamado antocianina, previne que a doença surja. Pesquisas apontam que o resveratrol ajuda no combate ao câncer por inibir a angiogênese, isto é, o crescimento do tumor. Os de pulmão e de mama estão entre os principais com bons resultados em pesquisas com o consumo regular de vinho.
Cardiovascular
O resveratrol também é um aliado no combate a problemas cardiovasculares. A substância controla os índices de colesterol ruim, que, quando altos, podem provocar infartos e derrames.
Elixir da juventude
A grande concentração de agentes que combatem os radicais livres é um dos fatores que fazem do vinho um verdadeiro néctar da longevidade. Mais uma vez, o resveratrol é indicado como um “santo remédio”.
Porém, os mecanismos pelos quais a substância atua ainda são temas de muito debate. A bebida também é fonte de silício, um íon envolvido na formação do colágeno e calcificação dos tecidos ósseos e paredes de vasos sanguíneos. Esse elemento protege unhas, cabelos, pele e tecidos de sustentação entre um órgão e outro.
Tinto e todo dia
O vinho tinto, bem como o suco de uva roxa, são os melhores tipos, pois concentram maior quantidade de antioxidantes. E mais: para que todos os benefícios da bebida sejam aproveitados pelo organismo, é necessário que o consumo seja diário e sem exagero.
Isso porque suas propriedades não são armazenadas no corpo por longos períodos e precisam ser sempre repostas. O indicado é consumir diariamente 1 taça (125ml) de vinho ou 2 copos (250ml cada) de suco de uva.
Cápsula não é igual
Com as promessas de vida longa devido ao consumo do resveratrol, logo surgiram no mercado suplementos com quantidades concentradas do composto. Porém, até o momento, não há estudos conclusivos de que esse tipo de nutrição seja eficaz.
E ainda: não se sabe os efeitos que as altas doses do resveratrol podem gerar no organismo. Assim, o melhor é seguir uma dieta saudável, com doses moderadas da substância.
Só benefícios
A lista de contribuições do vinho à saúde é longa, e a cada dia novas descobertas são anunciadas:
• Inibe a multiplicação do vírus que provoca a herpes: pesquisas apontam que o resveratrol impede que a doença se manifeste.
• Combate a anemia: a bebida é fonte de ferro que, em combinação com o álcool, facilita a absorção do mineral pelo organismo.
• Fortalece os ossos: o vinho ajuda no processo de densidade óssea, contribuindo para a prevenção de osteoporose.
• Mantém o sistema renal em ordem: estima-se que a bebida reduz em até 60% o risco da formação de pedra nos rins.
 Protege a visão: sua ação antioxidante diminui a degeneração macular, normal com o avanço da idade.
• Espanta o Alzheimer: a ação antioxidante também serve para evitar o envelhecimento das células cerebrais, o que reduz o risco de doenças neurológicas, como o Alzheimer.
• Regula o humor: pesquisas apontam que, principalmente para os idosos, o consumo de vinho fornece o bom-humor.
Para saber mais os aspectos relativos ao vinho, desde o plantio, escolha do  solo, produção envelhecimento, tipos de uvas,  engarrafamento e venda. eis um link de um dos mais respeitados sites sobre o assunto:
http://www.academiadovinho.com.br/

Quem resiste a  um belo e suculento pedaço de picanha, ou uma apetitosa pizza napolitana com o seu inconfundível molho especial? sem falar da feijoada, que na minha opinião deveria fazer parte da lista que compões as 7 maravilhas do mundo. Um dos pratos típicos do Brasil, e uma das maravilhosas heranças deixadas para nós, pelos nosso antepassados escravos. 

Comer é bom! É um dos prazeres da vida, contudo devemos ter cuidados para não exagerar na nossa alimentação e acima de tudo, devemos sempre procurar fazer uma dieta balanceada. infelizmente, a longo prazo, todas essas maravilhas gastronômicas, carnes, massas, salgados, entre outros, se consumidas de forma displicente, podem nos trazer grandes malefícios para nossa saúde, como doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, AVC e etc.
esse vídeo nos mostra de maneira simples alguns efeitos causados pelo excesso de lipídios no nosso organismo :


vários alimentos nos ajudam a eliminar lipídeos nocivos no nosso corpo como o azeite de Olívia, peixes,  aveia, soja, amendoas ( castanhas de cajú e do pará) e legumes e verduras de um modo geral. alem desses almentos, algumas bebidas alcolicas como o vinho, são extremamente benéficas para o nosso organismo, se consumidas sem excesso.

Ácidos Graxos

Nos últimos anos, o termo gordura trans ganhou uma posição de destaque no dia a dia em função da divulgação de possíveis malefícios à saúde decorrentes de seu consumo. Geralmente, as informações veiculadas pela mídia apenas apontam seus malefícios, sem uma explicação mais detalhada do significado desse termo. Nesse sentido, o objetivo do presente artigo é abordar o tema gordura trans, de forma a fornecer subsídios para a promoção de um ensino contextualizado e interdisciplinar.

Óleos e gorduras
Os principais macronutrientes presentes nos alimentos são glicídios, proteínas e lipídios. Além da função energética, os lipídios conferem sabor e aroma ao alimento, também sendo fontes de substâncias essenciais ao organismo. Os principais tipos de lipídios são os óleos e as gorduras, sendo que sua diferença está no estado físico sob temperatura ambiente, pois óleos são líquidos e as gorduras são sólidas. Apesar dessa diferença, óleos e gorduras apresentam como componentes majoritários os triacilgliceróis. Na Figura 1, é apresentada, de forma genérica, a reação química de formação de um triacilglicerol: um éster formado a partir do glicerol (álcool) e três moléculas de ácidos graxos (ácidos carboxílicos de ocorrência natural) em um processo catalisado por enzimas (lipases) ou meio ácido.




Ácidos graxos trans
Apesar de não ser a forma predominante na natureza,ácidos graxos trans2 são encontrados em algumas bactérias, dos gêneros Vibrio e Pseudomonas, e em alguns vegetais como romã, ervilha e repolho. Esses ácidos são formados a partir da reação de isomerização dos respectivos isômeros cis, em uma adaptação a mudanças no meio, como variações de temperatura e presença de substâncias tóxicas (Ferreri e cols., 2007; Doyle, 1997).
Na alimentação humana, as principais fontes de ácidos graxos trans são: a transformação por microorganismos em alimentos originados de animais ruminantes, a etapa desodorização no processamento industrial de óleos vegetais, o processo de fritura de alimentos e o processo de hidrogenação parcial de óleos vegetais.
Alimentos obtidos de animais ruminantes (subordem dos mamíferos que inclui os bovinos), como carnes, leites e derivados, são fontes naturais de ácidos graxos trans. Esses ácidos são formados no processo de bio-hidrogenação, no qual ácidos graxos cis ingeridos são parcialmente hidrogenados por sistemas enzimáticos da flora microbiana presente no rúmen desses animais (Semma, 2002; Chatgilialoglu e Ferreri, 2005).
Ácidos graxos trans também são formados a partir da isomerização de ácidos graxos cispresentes em óleos vegetais em dois processos induzidos termicamente: a desodorização industrial, que visa à remoção de componentes voláteis de sabor e odor indesejáveis; e a reutilização prolongada de óleos na fritura de alimentos (Wolff, 1994; Martin e cols., 2005).

Efeitos dos ácidos trans no organismo
Os ácidos graxos trans sempre fizeram parte da alimentação humana mediante o consumo de carnes, leite e seus derivados. No entanto, com a produção de substitutos para a manteiga e as gorduras animais por meio da hidrogenação parcial de óleos vegetais, houve uma significativa elevação da presença dos ácidos graxos trans na dieta (Martin e cols., 2004).
Um composto influenciado pelos ácidos graxos trans é o colesterol, um esteróide de ocorrência natural nos animais e que participa da biossíntese de substâncias com funções importantes no organismo. A quantidade de colesterol no organismo é função do que é produzido pelo próprio organismo e da parcela obtida pela alimentação. No organismo, o colesterol se encontra associado com lipídios e proteínas nas lipoproteínas, sendo as principais a lipoproteína de alta densidade (HDL-colesterol) e lipoproteína de baixa densidade (LDL-colesterol). A lipoproteína de alta densidade, também conhecida por “colesterol bom”, tem a função de transportar os lipídios dos tecidos para o fígado, onde são degradados e excretados. Por sua vez, a lipoproteína de baixa densidade, conhecida por “colesterol ruim”, transporta os lipídios biossintetizados do fígado para o resto do organismo (Solomons e Fryhle, 2006).
Nas últimas décadas, os efeitos do consumo de ácidos graxos trans sobre a saúde começaram a ser investigados. Em um dos trabalhos pioneiros, Mensink e Katan (1990) desenvolveram um estudo com três grupos de pessoas submetidos à mesma dieta, variando apenas o tipo de ácido graxo. Ao se comparar as taxas de HDL-colesterol, constatou-se que as pessoas submetidas às dietas com ácido cis e com ácido saturado apresentaram a mesma concentração dessa lipoproteína, que era superior à concentração nos indivíduos cuja dieta continha ácidos trans. Já para a LDL-colesterol, as concentrações foram maiores nas pessoas submetidas à dieta com ácidos trans e com ácidos saturados do que os que se alimentaram com ácidos cis. Esses resultados levaram à conclusão de que o consumo de ácidos graxos saturados aumenta o nível de LDL-colesterol, enquanto que os ácidos graxos trans não só aumentam o nível desse composto como também diminuem o nível de HDL-colesterol.
A elevação dos níveis de LDL-colesterol contribui para o aumento do risco de doenças cardiovasculares. Logo, tanto os ácidos trans quanto os ácidos saturados potencializam esse efeito (Aued-Pimentel e cols., 2003). Entretanto, a ingestão de altos níveis de ácidos graxos trans pode promover um aumento mais significativo na razão LDL-colesterol/HDL-colesterol do que a ingestão de ácidos graxos saturados e, consequentemente, um efeito adverso à saúde mais acentuado (Willett e Ascherio, 1995; Mozaffarian e cols., 2006).
Costa e cols. (2006) relatam que o consumo de ácidos graxos trans é maior nos Estados Unidos, no Canadá e em países do norte da Europa do que no Japão e em países do Mediterrâneo. De forma semelhante, a incidência de doenças cardiovasculares são maiores naqueles países que apresentam um maior consumo desse tipo de lipídio.
Na busca por uma explicação para esses efeitos, Scherr e Ribeiro (2007) e Chiara e cols. (2002) relataram que a ingestão de ácidos graxos trans aumenta a atividade da enzima responsável pela transferência de ésteres de colesterol da HDL-colesterol para a LDL-colesterol, justificando assim a mudança de perfil lipídico. Chiara e cols. (2002) também destacaram a supressão da atividade do LDL-receptor, que capta o LDL-colesterol, removendo-o da circulação. Variações mínimas de LDL-receptor no fígado afetam os níveis plasmáticos de LDL-colesterol. Assim, quando os níveis do LDL-receptor estão baixos, por ação de nutrientes ou efeito genético, ocorrerá maior acúmulo de LDL-colesterol no plasma.
Além da alteração dos níveis de colesterol, outros efeitos ao organismo vêm sendo associados à ingestão de ácidos graxos trans. Um desses efeitos consiste na inibição da ação de enzimas de dessaturação, que catalisam a reação de desidrogenação de ácidos graxos na biossíntese de ácidos graxos fundamentais aos processos metabólicos (Costa e cols., 2006). Essa inibição pode ter efeitos na saúde maternoinfantil, afetando o processo de crescimento e desenvolvimento da criança, pois os ácidos graxos podem ser transferidos tanto pela placenta quanto pelo leite materno (Chiara e cols., 2002).

Referências
  1. ANVISA. Resolução de Diretoria Colegiada nº 360: Aprova regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional. Brasília, 23 de dezembro de 2003.